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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Flores murchas - efeméride

in "Diário As Beiras", Sexta-feira, 28/07/2006

Crónica de uma morte que se anunciava...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

"Os Exames", in "Breve Panorâmica da crise do ensino" de João Manuel de Abreu Faria (1970)

Os Exames

"Não posso concordar com os exames, como meio fundamental, como se faz no nosso ensino, de promoção e selecção dos alunos. Os resultados são a melhor demonstração desse ponto de vista.
Poder-se-ia perguntar com base em inúmeros casos que a experiência nos mostra, quando é que o professor é coerente: - Quando, convivendo com os seus alunos durante anos sucessivos, conhecendo a sua capacidade de trabalho e reflexão, os dotes da sua inteligência e, portanto, lhe atribui uma qualificação de passagem inteiramente merecida, compensadora do saber, da honestidade dos seus processos, ou então quando aos mesmos alunos em escassos minutos levam os mesmos professores a dar o dito por não dito?"

Um bom exemplo de um texto quarentão para reflectir... 
 

Viajando pelas raízes do jardineiro

Pombal, 27/06/2011
Como é que elas conseguem?
Um verdadeiro exemplo da utilidade da EDP para as cegonhas...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Flores das palavras


O que me guia

Olha irmão,
O barco deixando o porto,
mudo,
sem marinheiros.
Quem o guia irmão –
As correntes marítimas,
Um gosto a sal
Ou os peixinhos do mar ?
Talvez um espírito humano
ávido de marés.

Quem no-lo garante ?
Não sei.
Só acredito –
Pequeno bem
em tão tormentoso mar…

                                                      JS

terça-feira, 21 de junho de 2011

Diário As Beiras, 20 de Junho de 2011





Avaliação de desempenho docente:
Crónica da morte anunciada do modelo?

Ao fim de duro combate político, a Assembleia da República conseguiu aprovar, a 25 de Março deste ano,  o Decreto-Lei n.º 84/XI que pretendia suspender o actual modelo de avaliação do desempenho de docentes e revogar o Decreto Regulamentar n.º 2/2010, de 23 de Junho.
O seu artigo 1.º era logo claro: Até ao final do presente ano lectivo, o Governo inicia o processo de negociação sindical tendente à aprovação do enquadramento legal e regulamentar que concretize um novo modelo de avaliação do desempenho de docentes, produzindo efeitos a partir do início do próximo ano lectivo.”
O Presidente da República submeteu este diploma ao Tribunal Constitucional e foi assim que, a 29 de Abril, a Ministra da Educação Isabel Alçada se veio a congratular publicamente com a decisão do não reconhecimento da legitimidade do decreto aprovado por todos os partidos da oposição.
Estava criada mais uma etapa pantanosa no lodaçal que o actual modelo de avaliação de desempenho docente representa.
Muda o Governo, mas dificilmente os professores estarão satisfeitos com o actual estado das coisas.
As escolas continuam a trabalhar afanosamente na aplicabilidade de um figurino que não serve nem avaliadores, nem a avaliados e tempus fugit (o tempo foge!).
Espero, sinceramente, que não se caia no mau gosto de quando o novo Governo tomar posse continuar a dar cobertura a esta espécie de beco sem saída relacionado com meras questões de forma e não de conteúdo.
por João M C Serôdio
(Professor)

Diário As Beiras, 13 de Junho de 2011

http://profile.ak.fbcdn.net/hprofile-ak-snc4/202981_1473073132_5895760_q.jpghttp://profile.ak.fbcdn.net/hprofile-ak-snc4/202981_1473073132_5895760_q.jpghttp://profile.ak.fbcdn.net/hprofile-ak-snc4/202981_1473073132_5895760_q.jpghttp://profile.ak.fbcdn.net/hprofile-ak-snc4/202981_1473073132_5895760_q.jpgMais um ano letivo que está a terminar
Estamos no final de mais um ano letivo que foi difícil para os alunos, pais e encarregados de educação, assistentes operacionais e, particularmente, para os professores.
O ciclo que agora de encerra foi mesmo doloroso para todos os envolvidos na azáfama da vida nas escolas.
A avaliação de desempenho (dos professores!) constituiu, sem dúvida alguma, mais um profundo fator de instabilidade e mal estar que não veio contribuir para a melhoria da qualidade do serviço proporcionado pelas escolas e agrupamentos deste país mergulhando-os numa burocracia desmedida que pouco tem a ver com a valorização das aprendizagens dos alunos.
O Decreto Regulamentar n.º 2/2010, de 23 de junho, que veio regulamentar essa mesma Avaliação de Desempenho, veio a revelar-se um enxerto mal aplicado na árvore raquítica de um processo avaliativo, já conturbado, que nunca foi aceite pela generalidade dos docentes.
Esta “produção” legislativa revelou-se de tal forma polémica que conduziu à necessidade de  publicação  pela tutela de vários ofícios/circulares que explicitassem a aplicabilidade do seu conteúdo.
Quando assim é, a legislação não presta, uma vez que não se percebe bem o figurino que pretende adotar.
É preciso ficar bem claro, de uma vez por todas, que os professores sempre foram avaliados e que a sua luta foi sempre contra o modelo de avaliação absurdo que lhes quiseram impor.
Estão, agora, criadas as condições políticas para mudar este estado de coisas. É preciso não esquecer que para que um modelo de avaliação de desempenho seja aceite pelos avaliados, tem de ser justo e consensual.
Desejo, sinceramente, que o próximo Ministro da Educação consiga encontrar a capacidade de diálogo com as forças sociais necessária à implementação de um novo modelo simples, justo exequível. Será pedir muito?
por

João M C Serôdio
(Professor)

Flores das palavras

Caminhos

De onde venho
não sei.
Para onde vou
não sei.
Que interessa – vivo!
Sobrevivo…
Contra a maré remo
Contrariado
p´rá cascata da Lei.
Reconstruir o mundo,
aqui,
através de ti:
escuridão-bruma,
maré-furacão.

 por João Sombral